A História Real do Conde Drácula


O mito do Vampiro assombra e fascina a mente humana desde tempos imemoriais, estando presente em diversas culturas e em seus respectivos folclores sob as mais variadas formas, mas com certos pontos em comum, como sendo mortos-vivos que retornam de seus túmulos e alimentando-se de sangue humano, tendo sua maior expressão na mitologia da Idade Média na Europa Cristã.

A história de ficção do Drácula, de Bram Stoker narra a saga de um conde que se revolta contra sua religião depois de perder sua amada. O conde era um homem de extrema força e de um amor ainda maior. Essa força do amor somada ao ódio contra Deus o transformou na criatura da noite mais temida e conhecida de todos os tempos. 

Esse é o conto da fantasia, mas na realidade existiu realmente um Conde que vivia na Transilvânia sem nenhum escrúpulo e amor. 

Seu nome era Vlad Tepes III.

Emblema da Ordem do Dragão*

Vlad Tepes III nasceu na Transilvânia no ano de 1431, na cidade de Sighisoara. Inventou o apelido de Dracul que significava filho daquele que pertencia à Ordem do Dragão*. Mas, como em romeno Dracul quer dizer Satanás, quando o povo descobriu o que Vlad fazia mudou o nome de filho do Dragão para "filho do Demônio" (em romeno, Drácula). 


Contrariamente ao que muitos possam pensar,  ele vem de uma linhagem familiar extremamente religiosa. Sendo um cristão devoto, ele lutou heroicamente contra o expansionismo islâmico na Europa, sendo lembrado por toda a região como um cavaleiro cristão. Vlad III foi uma das últimas resistências cristãs contra o avanço dos muçulmanos. Há quem chegue até a acreditar que, se não fosse por ele, o mapa da Europa seria certamente diferente.

O conde ficou famoso por ter empalado mais de 30.000 pessoas. A técnica de empalação consistia em deitar a pessoa no chão de braços esticados e amarrar seus braços a dois cavalos. Com uma estaca afiada e suficientemente grande para agüentar o peso da vítima ele introduzia a ponta aguda no anus do condenado e puxava os cavalos para frente. Quando a estaca estivesse bem introduzida, soltava os cavalos e enterrava a estaca na terra. O empalado ia-se enterrando pela estaca abaixo com seu peso até que lhe atravessasse a boca. 


Enquanto durou seu reinado, a ordem e o respeito eram absolutos em seu reino. Ninguém se atrevia a cometer crimes com medo de serem empalados.

Segundo a lenda, o Conde gostava de comer ouvindo o gemido de suas vítimas empaladas. Ele sentia prazem em ver suas vítimas agonizando enquanto jantava. Em seus momentos de sadismo, Vlad perguntava se podia fazer alguma coisa pelas vítimas e elas respondiam que queriam se livrar do sofrimento. Em resposta aos pedidos, o conde fechou imediatamente a sala de jantar e, abandonando o recinto, incendiou todas as pessoas que estavam lá dentro. 

Mais tarde Vlad justificou-se dizendo que apenas fizera aquilo que os pobres lhe tinham mandado fazer. Libertara-os dos sofrimentos deste mundo. 



''Certo dia, quando uns embaixadores estrangeiros o vieram visitar, não tiraram o chapéu na sua presença. Este lhes perguntou porque é que o não faziam. Os embaixadores disseram-lhe que não era costume deles tirar o chapéu na presença de um homem. "Muito bem. Cabe-me a obrigação de vos manter firmes aos vossos costumes".Disse Vlad, e mandou que lhes pregassem os chapéus à cabeça.''

Vlad também condenava pessoas do seu povo para serem castigadas. Elas podiam ser esfoladas, mutiladas, cozidas vivas ou mortas na fogueira. Enquanto passeava pelo campo reparou num camponês que tinha a camisa rasgada e foi-lhe perguntar se ele não tinha mulher, ao que este lhe respondeu que sim. Vlad pediu então para este o levar até ela. 


Quando chegou perguntou à mulher se ela era saudável e se as colheitas tinham sido boas. A mulher respondeu que sim. "Então não ha nenhuma razão para o teu marido andar com a camisa rasgada".Disse-lhe Vlad. E em seguida empalou-a em plena praça pública como lição a todas as mulheres preguiçosas e que não se interessam pelo marido.

Mesmo aclamado por toda a Europa por seu sucesso na guerra contra os turcos, a população não agüentava mais sua tirania e crueldade e falsificaram uma carta dizendo que ele se voltaria para o lado do inimigo. O conde foi preso e ficou 12 anos trancado em sua cela.

Nesse longo tempo que ficou preso, Vlad fez amizades na prisão com os guardas que lhe forneciam ratos e pequenos animais para serem empalados, apenas por diversão.


Quando foi solto, Vlad tomou seu trono de volta, mas morreu pouco tempo depois em uma batalha com os turcos; Capturado novamente, foi executado e teve sua cabeça exposta na cidade de Constantinopla, capital do império Otomano.

Diz-se que, nos anos 30, numa busca ao tumulo de Drácula, no Mosteiro de Snagov, Romênia, foram encontrados só ossos de um animal. Poderia o verdadeiro Conde Drácula estar vivo?

Fonte do Texto: Apocalipse 2000/ DelDebbio
Edição: História Espetacular

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