A História Real do Conde Drácula


O mito do Vampiro assombra e fascina a mente humana desde tempos imemoriais, estando presente em diversas culturas e em seus respectivos folclores sob as mais variadas formas, mas com certos pontos em comum, como sendo mortos-vivos que retornam de seus túmulos e alimentando-se de sangue humano, tendo sua maior expressão na mitologia da Idade Média na Europa Cristã.

A história de ficção do Drácula, de Bram Stoker narra a saga de um conde que se revolta contra sua religião depois de perder sua amada. O conde era um homem de extrema força e de um amor ainda maior. Essa força do amor somada ao ódio contra Deus o transformou na criatura da noite mais temida e conhecida de todos os tempos. 

Esse é o conto da fantasia, mas na realidade existiu realmente um Conde que vivia na Transilvânia sem nenhum escrúpulo e amor. 

Seu nome era Vlad Tepes III.

Emblema da Ordem do Dragão*

Vlad Tepes III nasceu na Transilvânia no ano de 1431, na cidade de Sighisoara. Inventou o apelido de Dracul que significava filho daquele que pertencia à Ordem do Dragão*. Mas, como em romeno Dracul quer dizer Satanás, quando o povo descobriu o que Vlad fazia mudou o nome de filho do Dragão para "filho do Demônio" (em romeno, Drácula). 


Contrariamente ao que muitos possam pensar,  ele vem de uma linhagem familiar extremamente religiosa. Sendo um cristão devoto, ele lutou heroicamente contra o expansionismo islâmico na Europa, sendo lembrado por toda a região como um cavaleiro cristão. Vlad III foi uma das últimas resistências cristãs contra o avanço dos muçulmanos. Há quem chegue até a acreditar que, se não fosse por ele, o mapa da Europa seria certamente diferente.

O conde ficou famoso por ter empalado mais de 30.000 pessoas. A técnica de empalação consistia em deitar a pessoa no chão de braços esticados e amarrar seus braços a dois cavalos. Com uma estaca afiada e suficientemente grande para agüentar o peso da vítima ele introduzia a ponta aguda no anus do condenado e puxava os cavalos para frente. Quando a estaca estivesse bem introduzida, soltava os cavalos e enterrava a estaca na terra. O empalado ia-se enterrando pela estaca abaixo com seu peso até que lhe atravessasse a boca. 


Enquanto durou seu reinado, a ordem e o respeito eram absolutos em seu reino. Ninguém se atrevia a cometer crimes com medo de serem empalados.

Segundo a lenda, o Conde gostava de comer ouvindo o gemido de suas vítimas empaladas. Ele sentia prazem em ver suas vítimas agonizando enquanto jantava. Em seus momentos de sadismo, Vlad perguntava se podia fazer alguma coisa pelas vítimas e elas respondiam que queriam se livrar do sofrimento. Em resposta aos pedidos, o conde fechou imediatamente a sala de jantar e, abandonando o recinto, incendiou todas as pessoas que estavam lá dentro. 

Mais tarde Vlad justificou-se dizendo que apenas fizera aquilo que os pobres lhe tinham mandado fazer. Libertara-os dos sofrimentos deste mundo. 



''Certo dia, quando uns embaixadores estrangeiros o vieram visitar, não tiraram o chapéu na sua presença. Este lhes perguntou porque é que o não faziam. Os embaixadores disseram-lhe que não era costume deles tirar o chapéu na presença de um homem. "Muito bem. Cabe-me a obrigação de vos manter firmes aos vossos costumes".Disse Vlad, e mandou que lhes pregassem os chapéus à cabeça.''

Vlad também condenava pessoas do seu povo para serem castigadas. Elas podiam ser esfoladas, mutiladas, cozidas vivas ou mortas na fogueira. Enquanto passeava pelo campo reparou num camponês que tinha a camisa rasgada e foi-lhe perguntar se ele não tinha mulher, ao que este lhe respondeu que sim. Vlad pediu então para este o levar até ela. 


Quando chegou perguntou à mulher se ela era saudável e se as colheitas tinham sido boas. A mulher respondeu que sim. "Então não ha nenhuma razão para o teu marido andar com a camisa rasgada".Disse-lhe Vlad. E em seguida empalou-a em plena praça pública como lição a todas as mulheres preguiçosas e que não se interessam pelo marido.

Mesmo aclamado por toda a Europa por seu sucesso na guerra contra os turcos, a população não agüentava mais sua tirania e crueldade e falsificaram uma carta dizendo que ele se voltaria para o lado do inimigo. O conde foi preso e ficou 12 anos trancado em sua cela.

Nesse longo tempo que ficou preso, Vlad fez amizades na prisão com os guardas que lhe forneciam ratos e pequenos animais para serem empalados, apenas por diversão.


Quando foi solto, Vlad tomou seu trono de volta, mas morreu pouco tempo depois em uma batalha com os turcos; Capturado novamente, foi executado e teve sua cabeça exposta na cidade de Constantinopla, capital do império Otomano.

Diz-se que, nos anos 30, numa busca ao tumulo de Drácula, no Mosteiro de Snagov, Romênia, foram encontrados só ossos de um animal. Poderia o verdadeiro Conde Drácula estar vivo?

Fonte do Texto: Apocalipse 2000/ DelDebbio
Edição: História Espetacular

O Reino de Jerusalém


O Reino de jerusalém foi um dos grandes estados cruzados de outremer (Nome que os franceses davam aos estados latinos do oriente e significa além mar.) criado durante a 1º cruzada em 1099 juntamente com o condado de Edessa , o principado de Antioquia e o condado de trípoli, o reino em seu auge abrangia diversas cidades e castelos sendo um das mais importantes além da capital jerusalém , a cidade de acre a qual foi a última a cair juntamente com o reino em 1291 (O reino de Jerusalém quase fora totalmente conquistado por saladino , mas com a terceira cruzada a cidade de acre foi reconquistada e denominada capital do reino , sendo que a própria jerusalém caíra em 1187).

A Primeira Cruzada e a fundação do Reino


Com a proclamação do Papa Urbano II no concílio de Clermont em 1095 foi decretado que a terra santa precisava ser retomada dos ''infiéis'' e com isso já iriam também atender o apelo do imperador Bizantino Alexio I para ajuda-los a expulsar os turcos seljúcidas que estavam ameaçando a cristandade e perseguiam os peregrinos na terra santa , a expedição conhecida como cruzada finalmente foi lançada com exércitos franceses , ingleses , italianos entre outros. 

Com o suporte dos bizantinos os cruzados que conseguiram chegar até Constantinopla puderam acampar na área e tiveram o apoio militar de Alexio I até o leste da anatólia , chegando na síria os exércitos dos francos capturaram Antioquia , Edessa , Trípoli e finalmente o maior prêmio de consolo para os francos... Jerusalém , com o bem sucedido cerco a cidade Godofredo de Bulhão , um dos líderes da cruzada , se torna o primeiro rei franco na cidade, porém morre no ano seguinte e seu irmão Balduíno I assume o trono.


A expansão do Reino e o auge de Outremer

Com a liderança de Balduíno I o reino expande suas fronteiras com a captura de acre , Sídon e Beirute. Um patriarca latino finalmente é instalado na cidade e a população aumenta com a chegada de mais imigrantes europeus e peregrinos , Balduíno falece em 1118 sem herdeiros e seu primo o sucede no trono , Balduíno de Bourg que também era conde de Edessa , no seu reinado a cidade de Tiro fora anexada ao reino de Jerusalém. 


A paz reinará em Outremer por mais algumas décadas porém Zengi , um atabeg  (governador) de mossul conquistará a cidade de Edessa em 1143 , conquistando assim um dos primeiros estados criados pelos francos. Com o objetivo de retomar Edessa é lançada a Segunda Cruzada porém essa é totalmente fracassada com a emboscada dos seljúcidas aos francos na anatólia.

Durante o reinado do rei Amalrico I de Jerusalém (1163-1174) o reino se aproximou mais do Império Bizantino e ambos os estados tentaram lançar uma invasão não bem-sucedida no Egito , como consequência Cairo fora conquistado por Nur al-Din , líder turco de Damasco , fora unificado e assim se encerrava as rivalidades entre os muçulmanos temporariamente e ambos puderam investir contra os francos e para piorar o general de Nur al-Din , Shirkuh que comandará o Egito , morrerá em 1169 e foi sucedido como vizir por um homem que iria mudar para sempre o destino do Reino de jerusalém.....Saladino.

Os Principais Defensores dos Reinos latinos do oriente


As ordens militares fundadas em Outremer foram sua maior defesa contra os sarracenos , tais como os Templários (Defensores dos peregrinos) , Hospitalários  (Atuavam nos hospitais ajudando os feridos) e posteriormente os Teutônicos criados a partir dos vários alemães presentes na 3º Cruzada , estes últimos tiveram papel mais importante em sua cruzada fora da terra santa nas chamadas cruzadas do norte contra os pagãos que resistiam a cruz cristã nas terras geladas do báltico. Sem eles provavelmente o domínio franco na terra santa não teria durado nem metade do que durará.

A ascensão de Saladino e a queda de Jerusalém

Após o fracasso da segunda cruzada o reino de jerusalém permaneceu por mais algumas décadas de paz porém em 1171 com a morte do califa fatímida do Egito Al-Adid , os turcos assumiram de vez o trono do Egito e Saladino se tornou sultão em 1174 com a morte de Nur Al-Din e acabou por tomar Damasco , complicando ainda mais a situação de Outremer que ficará cercada e vulnerável aos ataques de Saladino. 



Enquanto isso em Jerusalém o filho do falecido amalrico I , Balduíno IV que sofria de lepra (o mesmo retratado no filme Cruzada de Orlando Bloom) defendeu o reino dos ataques que saladino infligiu ao reino primeiramente tentando tomar Ascalon e outras cidades porém Balduíno IV conseguiu intercepta-lo e derrotou o exército muçulmano de Saladino na Batalha de Montgisard que por ora poupou o reino de Jerusalém.



Após alguns anos de paz no reino Saladino retomou as investidas contra Outremer desta vez após outra batalha travada contra os francos , ambos os lados se declararam vitoriosos , porém alguns meses depois Saladino conseguiu com bastante agilidade capturar Alepo e então proclamar uma Jihad (Guerra Santa) contra Outremer.Agora com a terra santa sob ameaça, os grãos mestres templários e hospitalários   foram novamente buscar ajuda no Ocidente com os reis da frança e Inglaterra o e o Sacro imperador Romano para uma grande cruzada. 

Em Jerusalém o rei Balduíno IV morre em 1185 e o seu sucessor Balduíno V acaba por morrer também no ano seguinte antes de completar nove anos de idade após isso Sibila , a mãe de Balduíno V ,reivindica o trono para si e seu marido Guy de Lusignan que apoiavam uma política de agressão contra Saladino, enquanto isso o sultão muçulmano preparava um exército para atacar o Reino de Jerusalém com todas suas forças. 

Em 1 de julho de 1187 Saladino atravessou o Jordão e assim daria ínicio a Batalha de Hattin que seria o maior desastre para o exército do reino que fora completamente emboscado e cercado pelas tropas de Saladino , centenas de templários e hospitalários caíram nessa batalha e graças a esse desastre a terra santa ficou praticamente indefesa , daí que se percebeu que as ordens militares eram mais necessárias do que nunca para proteger a terra santa.


Após a batalha algumas cidades e castelos se rendiam sem ao menos lutar , Acre se rendeu em 10 de julho , Sidon no dia 29 e Beirute em 6 de agosto. Jaffa resistiu porém não conseguiu sair bem sucedida e como consequência sua população foi morta e os sobreviventes vendidos como escravos e Ascalon também ofereceu certa resistência porém se rendeu em 4 de setembro. O maior objetivo de Saladino era claramente Jerusalém , suas tropas iniciaram o cerco a cidade em 20 de setembro.

Saladino tinha desejo de exterminar toda a população porém Balião De Ibelin , um nobre e influente cruzado , o advertiu que se não fizessem um acordo honroso os cruzados iriam queimar e destruir todos os templos e santuários da cidade que também eram muito importantes para os muçulmanos assim Saladino concordou e ofereceu um salvo conduto aos 20 mil cristãos da cidade , então no dia 2 de outubro de 1187 as tropas do líder muçulmano entram triunfantes na cidade, e quanto aos sobreviventes todos foram para a costa após olhar pela última vez a grandiosa cidade , alguns grupos foram para Antioquia , outros para Tiro e por fim Trípoli.

A Terceira Cruzada e a retomada do Reino de Jerusalém


Com a perda de Jerusalém o Ocidente sentiu ainda mais a necessidade de uma grande cruzada para recuperar a terra santa de Saladino , com isso a terceira cruzada é lançada em 1190 , com a presença do brilhante rei Inglês Ricardo Coração de Leão os cruzados imediatamente recuperam Acre em julho de 1191 , depois Ricardo segue para Jaffa e Ascalon , Saladino o encontrou na Batalha de Arsuf onde as ordens militares foram de crucial importância para a grande vitória sobre os muçulmanos.

Ricardo estava perto de Jerusalém porém os grãos mestres o aconselharam que mesmo se tomasse a cidade não conseguiria mante-lá pois sem o controle do interior e da importante rota de Damasco de nada adiantaria o controle da cidade , em 1192 Ricardo faz um acordo com Saladino a qual Jerusalém permaneceria sob seu domínio porém estaria aberta as peregrinações cristãs , no ano seguinte Saladino falece e seu império se divide em várias facções rivais.


O sucesso da terceira cruzada fez com que o reino de Jerusalém fosse ressuscitado porém agora com a capital em Acre. após décadas de uma certa paz em Outremer o papa lança a quarta cruzada porém essa nada fez para ajudar a terra santa pois os venezianos que estavam responsáveis pelos navios desembarcaram em Constantinopla e a tomaram , criando o reino latino de Constantinopla até 1261 quando os bizantinos retomam sua capital.

As Últimas Cruzadas


A quinta cruzada lançada em 1215 tinha como objetivo novamente Jerusalém porém primeiramente precisava tomar o Egito para que quanto a cidade fosse capturada não corresse mais perigo. Os cruzados atacaram e tomaram a cidade de Damieta que servia de acesso a capital Cairo em 1219 o reino muçulmano entrou em crise e decidiram que trocariam Damieta por Jerusalém porém os cruzados não aceitaram e continuaram a investida contra a capital no mesmo ano não sabendo que os muçulmanos iriam interceptá-los e assim abriram as eclusas dos canais de irrigação e inundou todo o exército, em 1221 os cruzados entregaram Damieta e voltaram a Acre.


Oito anos após a quinta cruzada o sacro imperador romano Frederico II que tinha prometido ajudar os cruzados no egito na quinta cruzada demorará demais a chegar e por isso o papa o excomungou , Frederico II negociou com Al-Kamil (O Sultão egípcio na Época) para uma sexta cruzada a qual ele teria o controle de Jerusalém e uma trégua de dez anos com os muçulmanos e assim em 29 de março de 1129 Frederico é coroado Rei de Jerusalém , o imperador ficaria na cidade por somente dois dias , o reino agora poderia usufruir de dez anos de trégua.

Os Mamelucos e o fim do Reino de Jerusalém

Em 1239 a trégua termina sem qualquer ameaça imediata a Outremer , Al-Kamil falecera um ano antes e o Egito novamente estava dividido em várias facções e a rivalidade entre Cairo e Damasco só aumentava. Em 1244 a guerra entre as duas cidades rompe novamente e os reis de Outremer decidem se aliar ao governador damasceno Ismail , que prometerá dar aos fracos parte do Egito se seus rivais no Cairo fossem derrotados. Porém eles não contavam que Al-Salih (líder do Egito) acabara de iniciar o recrutamento de um exército de escravos militares que se convertiam ao Islã, Os Mamelucos.


Al-Salih ainda contava com a ajuda dos Korezmianos , mercenários vindos da pérsia , em junho do mesmo ano 12 mil korezmianos entraram na síria tentando capturar Damasco porém ao ver suas grandes muralhas partiram rumo a Outremer conseguindo capturar Jerusalém das mãos dos cristãos e se juntaram com o resto do exército do líder muçulmano em Gaza , após a fracassada sétima cruzada liderada pelo Rei Luís IX da França contra o Egito , os Mamelucos finalmente tomam o poder no Egito em 1257 sob a liderança de Qutuz.


Em 1258 os mongóis liderados pelo neto de Gengis Khan , Hulagu, chegam ao oriente médio e tomam Bagdá , dois anos depois é a vez de Aleppo e Damasco caírem , os Francos estavam desesperados e enviaram cartas ao Ocidente em busca de ajude , porém os Mamelucos tomam iniciativa e lutam contra essa nova ameaça e os vencem na Batalha de Aint Jalut , a sudeste de Nazaré.

Outremer nada sofrerá com a invasão mongol , pelo contrário ambos até cogitaram uma possível aliança contra os Mamelucos porém esta falhou , no mesmo ano Qutuz é assassinado pelos seus próprios aliados e Baibars toma a liderança dos Mamelucos , a partir do ano de 1265 os muçulmanos iniciam uma completa ofensiva contra Outremer para expulsarem os francos definitivamente da terra santa começando com a captura de Cesareia e Haifa no mesmo ano e a captura de Antioquia em 1268 e somente Acre , Trípoli e a fortaleza templária de Tortosa resistiram.


No Ocidente , os cristãos estavam dispostos a organizaram uma nova cruzada contra os Mamelucos porém todo o dinheiro arrecadado para a mesma fora investido contra os rebeldes na Sicília e assim se acaba toda a esperança da recuperação da terra santa, em 1289 os muçulmanos ocupam trípoli e o a última cidade dos francos no Oriente , Acre, finalmente viria a cair em 1291 , os sobreviventes da capital do reino de Jerusalém partiram para a ilha de Chipre , onde os templários possuíam diversos castelos e fortificações e por lá passaram o resto da vida , quarenta anos depois do cerco a Acre um viajante Alemão só viria a encontrar alguns camponeses vivendo solitariamente nos campos em que um dia já fora o grande reino de Jerusalém , assim acaba não só o reino mas toda a presença cristã na terra santa que durará quase 200 anos.

Referências Bibliográficas:

Os Templários - História e Mito , Michael Haag.

A Guarda Varangiana


A guarda Varangiana foi um grupo de elite de guerreiros vikings encarregados de fazer a guarda pessoal do imperador de Bizâncio , Com seus longos machados e fidelidade total ao imperador de Constantinopla , esta tropa de elite foi a melhor expressão do uso de mercenários pelo império do Oriente.

A Criação da Guarda

Em 988, Basílio II pediu assistência militar de Vladimir I de Kiev para ajudar a defender o seu trono. Em conformidade com o tratado feito por seu pai após o Cerco de Dorostolon (971), Vladimir enviou 6.000 homens para Basílio II. Em troca, a Vladimir foi dada em casamento a irmã de Basílio, Anna. Vladimir também concordou em se converter ao cristianismo e trazer o seu povo a fé cristã.



Basílio II, com grande desconfiança de seus guardas bizantinos, cuja lealdade, muitas vezes resultava em consequências mortais, bem como a fidelidade comprovada do Varegues, levou-o a utilizá-los como sua guarda pessoal. Essa nova força se tornou conhecida como a Guarda Varegue. 

As Conquistas da Guarda


Em 989 estes Varegues, liderados pelo próprio Basílio II, desembarcaram em Crisópolis para derrotar o general rebelde Bardas Phokas. Phokas morreu no campo de batalha. Após a morte de seu líder, as tropas de Phokas fugiram. A brutalidade dos Varegues foi observada quando perseguiam o exército em fuga "alegremente cortado em pedaços."



Também Lutaram no sul da Itália, no século XI, contra normandos e lombardos que trabalhavam para extinguir autoridade bizantina lá. Em 1018, foram enviados por Basílio II para a Itália para reforçar as tropas de Basil Boioannes, que enfrentava uma revolta Lombarda em Bari. Um destacamento foi enviado e na Batalha de Canas, os Bizantinos conseguiram uma vitória decisiva.

Os Varegues também participaram da reconquista parcial da Sicília em 1038. Um proeminente membro da Guarda neste momento foi Harald Hardrada, mais tarde rei da Noruega. Harald Hardrada, o último grande rei viking, serviu durante dez anos nesta guarda antes de assumir a coroa e invadir a Inglaterra em 1066.



Na desastrosa batalha de Manzikert em 1071, praticamente todos os guardas do imperador caíram em torno dele.

Reformas e os últimos momentos da Guarda

Ao longo dos anos, novos recrutas da Suécia, Dinamarca e Noruega mantinham um elenco predominantemente escandinavo para a organização até o final do século 11. Depois a guarda começou a ver a maior inclusão dos anglo-saxões, após a invasão bem-sucedida da Inglaterra pelos normandos. Em 1088 um grande número de anglo-saxões e dinamarqueses emigraram para o Império Bizantino por meio do Mediterrâneo. 

A guarda em 1204 , durante a Quarta Cruzada




Os últimos remanescentes da guarda Varangiana em 1453


Eles foram destaque na defesa de Constantinopla durante a Quarta Cruzada. Algumas menções de um remanescente da Guarda Varangiana podem ser encontradas nos registros históricos até tão tarde quanto 1453, ano em que Constantinopla cairia nas mãos dos turcos otomanos , porém eles já não eram mais a força de combate de poderosos guerreiros vikings de antes.

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A Revolta de Espártaco


Espártaco foi um gladiador que liderou a revolta de escravos na Roma Antiga, o conflito ficou conhecido como a “Terceira Guerra Servil” ou “Guerra dos Escravos”. O exército de Espártaco reuniu 100.000 ex-escravos.

Nascido na Trácia, no nordeste da Grécia, provavelmente em 113 a.C., foi pastor e soldado romano. Após desertar, tornou-se chefe de uma quadrilha. Em 73 a.C., foi preso e vendido em Cápua, no sul da península Itálica, a uma escola de gladiadores do lanista (negociante e treinador de gladiadores) Lêntulo Baciato, ex-legionário e ex-gladiador. Segundo o historiador grego Plutarco, Espártaco revoltou-se contra a humilhação e injustiças cometidas por Lêntulo e fugiu com outros cativos.



A Guerra dos Escravos foi considerada um dos momentos de questionamento ao governo republicano de Roma entre os anos de 73 e 71 a.C. O objetivo do exército de Espártaco era acabar com a condição servil e conquistar melhores condições de vida.

A Antiga Roma era mantida, essencialmente, com o trabalho dos escravos. Porém há outra versão histórica sobre a biografia de Espártaco, antes de ser soldado romano, trabalhou como pastor. Depois de desertar, organizou grupo de ladrões para realizar assaltos em Roma.


Inicialmente, o governo do Roma tentou abafar o levante, mas ao contrário do que se esperava, os grupos de Espártaco resistiram e conseguiram vencer as frentes do exército romano.A maioria lutava munida de facas de cozinha com o apoio de indivíduos marginalizados da sociedade romana. Os grupos de Espártaco conseguiram romper os bloqueios e tomaram as armas do Exército Romano.



Com o aumento de escravos e marginalizados participantes, a revolta se dividiu em dois grupos: um que permaneceu em Cápua, e outra, liderada por Espártaco que dirigiu-se para o norte da Penísula Itálica.Uma parte do grupo foi vencida pelo exército romana, a frente de Espártaco conseguiu avançar para alcançar a cidade natal de seu líder. Porém, Espártaco decidiu retornar para o sul. Nessa altura, o governo central de Roma sentia-se ameaçado.

O governo de Roma, por meio do general Licínio Crasso, destacou dez legiões (exército de Roma), equivalente a 60.000 soldados, para combater os grupos de escravos. Espártaco planejava concentrar-se ao sul, alcançar embarcações piratas para navegar até a ilha da Sicília.


O general Crasso soube dos planos do gladiador e reorganizou as tropas romanas que conseguiram vencer diversas investidas dos escravos. Ao perder terreno, Espártaco tentou negociar a sua rendição com o general Crasso, sem sucesso, teve que lutar até a sua morte. Para evitar novas revoltas, o Exército Romano crucificou mais de 6.000 escravos na via Apia.

Fonte do Texto: InfoEscola
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A Batalha de Maratona


Em 490 a.C., Dario 1º, comandando em torno de 50 mil homens e com uma poderosa marinha de guerra, desembarcou na planície de Maratona, que fica a menos de 50 km de Atenas, a fim de reprimir os atenienses pelo auxílio dado durante a rebelião das cidades na Anatólia.

Milcíades, general ateniense, enviou o  o corredor Fidípedes para pedir ajuda aos espartanos, mas esses responderam que só poderiam enviar suas tropas dali a seis dias, pois estavam em meio a celebrações religiosas. Milcíades, que já tinha sido governante de uma cidade na Trácia e conhecia as táticas de guerra dos persas, resolveu marchar imediatamente para Maratona e enfrentar os invasores.



A batalha de Maratona ocorreu em setembro, Os atenienses e os plateenses iniciaram a ofensiva contra os persas. Numa planície apertada entre o mar e as montanhas, um contingente de no máximo 15 mil gregos avançou contra os persas, buscando a batalha corpo a corpo. Heródoto conta que os súditos persas ao verem os gregos se aproximando velozmente, sem o auxílio nem de cavalaria, nem de arqueiros, acreditaram que estavam diante de um exército irracional, e muitos fugiram do combate. 

Azul : Gregos
Vermelho: Persas

Tamanha foi a violência dos gregos que os persas tiveram que recuar para seus navios. Milcíades mandou o corredor Fidípedes a correr os 42 quilômetros (250 estádios) que separavam a Maratona de Atenas para anunciar a vitória grega. Após anunciá-la com a frase "Alegrai-vos, atenienses, nós vencemos!", caiu morto devido ao esforço.



O exército dos persas voltou para o Oriente. Por 10 anos o Império Persa se ocupou com outras questões: conquista de outros povos, submissão de rebeliões dentro do império, problemas nas sucessões dinásticas, dando tempo para que os gregos se reorganizassem para um futuro, e iminente, novo combate.

Fonte do Texto: UOL Educação
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